Um cenário de horror e barbárie marcou a manhã desta segunda-feira (30), no bairro Vicente Pinzón, em Fortaleza. Um jovem foi friamente executado após ser capturado, interrogado e julgado por membros de uma facção criminosa. A execução sumária aconteceu em plena luz do dia, nas imediações da Rua Paulo Aguiar, próximo ao CIES, um local que já se tornou sinônimo de medo para os moradores da região.
De acordo com relatos de populares, o rapaz foi sequestrado na Comunidade Alto da Paz, onde circulavam rumores sobre seu envolvimento com uma facção rival. Levado para um beco estreito, foi submetido a um “tribunal do crime” uma prática brutal e extrajudicial imposta por facções que dominam territórios urbanos com mão de ferro.
Durante o interrogatório, os criminosos teriam forçado o jovem a desbloquear seu celular. Mensagens e conversas encontradas no aparelho reforçaram, segundo os algozes, a ligação do rapaz com o grupo inimigo. Sem chances de defesa, ele foi alvejado com vários tiros, principalmente na cabeça e nas costas, um típico modus operandi das execuções ligadas ao tráfico.
O corpo foi encontrado por moradores minutos depois, em meio ao sangue e ao desespero. A Polícia Militar isolou a cena do crime, enquanto peritos do Instituto de Criminalística realizaram os primeiros levantamentos. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que já começou a colher depoimentos.
A execução escancara mais uma vez a realidade sombria que se impõe nas periferias de Fortaleza: territórios reféns da guerra entre facções, onde a vida humana é descartada como um detalhe. A população, acuada, silencia por medo de retaliações.
O nome da vítima não foi divulgado oficialmente.
ATENÇÃO: cenas como esta vêm se tornando frequentes no Ceará, refletindo o crescimento alarmante do poder paralelo. A sociedade clama por resposta.
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