A Polícia Civil do Maranhão investiga a morte de Francisco de Sousa, um idoso de 67 anos, baleado por um policial militar na cidade de Coelho Neto, a cerca de 367 km de São Luís, no último dia 18 de março de 2025. O caso, que terminou em tragédia, foi registrado em vídeo por um celular e mostra o momento em que o idoso, armado com uma faca, avança contra um agente da Polícia Militar (PMMA), que reage com um disparo. Horas depois, Francisco não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Segundo o tenente-coronel Luís Carlos, da PMMA, a guarnição foi acionada para atender a uma denúncia de que um idoso estaria ameaçando moradores da cidade com uma faca. Ao chegar ao local, os policiais se depararam com Francisco de Sousa, que, conforme o vídeo amplamente divulgado nas redes sociais, também passou a ameaçar os agentes. A intenção inicial da equipe era desarmá-lo e contornar a situação sem uso de força letal. No entanto, o desfecho foi diferente.

Nas imagens, é possível ver o idoso correndo em direção a um dos policiais com a faca em punho. O agente recua, enquanto outro colega da guarnição grita para que ele atire. Em questão de segundos, o PM ameaçado efetua um disparo, atingindo Francisco, que cai ao chão. Os policiais imediatamente tentaram contê-lo e prestaram os primeiros socorros para estancar o sangramento até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Apesar dos esforços, o idoso morreu horas após o ocorrido.

O tenente-coronel informou ainda que um dos policiais sofreu um pequeno corte na mão durante a tentativa de desarmar o idoso, o que reforça a tensão do confronto. Em nota oficial, a PMMA declarou que “uma guarnição foi acionada para atender a uma ocorrência de ameaça” e que o suspeito “desobedeceu às ordens para largar a arma”, justificando a ação do policial. A corporação já instaurou um procedimento interno para apurar a conduta do agente envolvido.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-MA) ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, que agora está sob investigação da Polícia Civil. O vídeo, que circula nas redes sociais e pode ser assistido acima, tem gerado debates entre a população, com opiniões divididas sobre a proporcionalidade da reação policial diante da ameaça.