Juripiranga (PB) – Um grave episódio envolvendo o ex-presidente da Câmara Municipal de Juripiranga, Gilberto Veloso Cirino da Silva, veio à tona nesta semana e já está sendo investigado pelos órgãos de controle. De acordo com denúncia formal protocolada pela atual presidência da Casa Legislativa junto ao Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE/PB), Gilberto teria praticado um ato que configura, em tese, crime contra o erário e improbidade administrativa.
Segundo a denúncia, mesmo após o encerramento do seu mandato em 31 de dezembro de 2024, o ex-gestor manteve em sua posse talonários de cheques da conta bancária oficial da Câmara. O mais grave: emitiu, no dia 28 de fevereiro de 2025, um cheque no valor de R$ 1.900,00, que foi compensado indevidamente, gerando prejuízo direto aos cofres públicos.
A atual gestão, presidida pelo vereador Rozil Pereira, agiu prontamente ao detectar a movimentação atípica e tomou todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis. Em ofício enviado à Caixa Econômica Federal, a Câmara destacou que o cheque foi emitido sem a devida autorização da nova Mesa Diretora e sem a dupla assinatura obrigatória (Presidente e Tesoureiro), o que infringe os procedimentos legais de movimentação financeira da instituição.
Mesmo com a tentativa de bloquear a compensação, o valor foi debitado da conta da Câmara, levando à abertura de uma ação judicial por improbidade administrativa, sob o número 0801352-16.2025.8.15.0381, que tramita em segredo de justiça para não comprometer as investigações. O caso também será analisado pelo Ministério Público de Contas, podendo gerar responsabilidade cível e penal ao ex-gestor.
A denúncia enviada ao TCE/PB pede, além da apuração do ato ilícito, a imputação de débito ao ex-presidente e a abertura de auditoria especial para responsabilização financeira. O Tribunal já considerou a denúncia formalmente admissível, indicando que a Divisão de Auditoria Governamental Municipal (DIAGM V) ficará responsável pela investigação.
Em nota, o presidente atual da Câmara, Rozil Pereira, afirmou que "todas as providências foram adotadas para proteger o dinheiro público e garantir que os atos do ex-gestor não recaiam sobre a atual administração". Ele ainda destacou o compromisso da Casa com a transparência e a legalidade na gestão dos recursos públicos.
O caso gerou forte repercussão nos bastidores da política local e deve continuar sendo acompanhado de perto por órgãos de fiscalização, imprensa e pela população juripiranguense, que clama por justiça e integridade na condução dos recursos públicos.
O Espião do Sertão segue acompanhando o caso de perto e trará novas informações assim que houver novos desdobramentos.