Num Brasil cada vez mais polarizado, entender as diferenças entre direita e esquerda vai muito além de um debate ideológico: trata-se de reconhecer quem realmente está ao lado do povo e quem defende os interesses de uma minoria privilegiada.
A esquerda brasileira, historicamente, tem sido a principal força política responsável pela criação e manutenção de políticas públicas de inclusão social. Foi sob governos de orientação progressista que nasceram programas como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Fome Zero, o Prouni, o Mais Médicos e tantos outros que retiraram milhões de brasileiros da linha da pobreza e promoveram mobilidade social para famílias que, até então, eram invisíveis aos olhos do Estado.
A esquerda enxerga o Estado como um instrumento necessário para reduzir desigualdades, promover justiça social e garantir direitos básicos — como educação, saúde, alimentação e moradia — a todos, independentemente de classe social. É um projeto de nação baseado na distribuição de renda, na valorização do trabalhador, na inclusão das minorias e no combate à concentração de riqueza.
Já a direita, com seu discurso de “menos Estado”, esconde uma lógica cruel: o Estado mínimo para os pobres, mas máximo para os ricos. É essa mesma direita que, quando está no poder, corta verbas da educação, sucateia o SUS, boicota programas sociais e demoniza políticas de redistribuição de renda. Ao mesmo tempo, defende com unhas e dentes os benefícios fiscais para grandes empresas, os lucros bilionários dos bancos e a desregulamentação ambiental e trabalhista, tudo em nome de uma tal “liberdade econômica” — que, na prática, só é desfrutada pelos que já nasceram com privilégios.
A direita brasileira também é protagonista na disseminação de desinformação, usando fake news como arma política para deslegitimar adversários, confundir a população e manter seu projeto de poder baseado na exclusão.
Enquanto a esquerda constrói pontes para que os mais pobres alcancem dignidade, a direita constrói muros para mantê-los à margem.
É claro que nenhum campo político está isento de críticas ou erros. Mas quando se trata de defender o povo pobre, trabalhador e historicamente excluído, a diferença entre direita e esquerda salta aos olhos. De um lado, quem luta por inclusão, justiça e igualdade. Do outro, quem prefere manter o Brasil preso às correntes do privilégio.
A pergunta que fica é: de que lado você está?