Marizópolis amanheceu de luto. Uma cidade inteira mergulhada em dor, revolta e perplexidade diante de um crime bárbaro que manchou com sangue inocente as ruas pacatas do Sertão paraibano. Dois filhos da terra foram brutalmente assassinados na noite de ontem (06), num ato de extrema covardia e frieza. Um crime que abala não apenas as famílias das vítimas, mas toda uma comunidade que clama por justiça.
As vítimas são Carla Veríssimo, uma jovem cheia de sonhos e vida pela frente, e Adriano “Bike”, trabalhador conhecido e querido por todos. Ambos foram executados a tiros, de forma cruel, por um homem que deveria protegê-los: o sargento da Polícia Militar da Paraíba, Almir Pinheiro.
Testemunhas e relatos preliminares apontam que o acusado, em um ato descontrolado e demoníaco, sacou sua arma e ceifou duas vidas sem qualquer chance de defesa. A cena foi descrita como de guerra. Gritos, correria, desespero. E, no fim, o silêncio da morte pairando sobre corpos que jamais deveriam estar ali, caídos.
O sentimento nas ruas é de revolta. O clamor popular é uníssono: esse homem precisa pagar com todo o rigor da lei. A confiança da população em seus protetores foi abalada de forma irreversível. Como aceitar que um servidor da segurança pública, pago com o suor do povo, transforme-se em algoz do próprio povo?
A cidade espera que o juiz responsável pela audiência de custódia, marcada para esta quarta-feira (07), não titubeie diante da barbárie. Que mande este criminoso para a prisão de onde jamais deveria sair. O povo não aceita afrouxamentos, não aceita mais impunidade.