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Ex-pastor vira chefe do tráfico e fornece armas pesadas para o Comando Vermelho

Josias, que também atende pelos apelidos de “Oclinhos” e “Pastor”, é apontado como integrante do Bando do Magrelo, facção criminosa nascida em Rio Claro (SP)

Por: Janemarcio da Silva
10/05/2025 às 09h10 Atualizada em 10/05/2025 às 09h21
Ex-pastor vira chefe do tráfico e fornece armas pesadas para o Comando Vermelho

 

Investigado pela Polícia Civil de São Paulo, Josias Bezerra Menezes, de 41 anos, conhecido como “Senhor das Armas”, é apontado como um dos principais fornecedores de armamento pesado para o Comando Vermelho (CV), organização criminosa com atuação nacional. Antigo líder religioso, ele se tornou figura central no submundo do crime e atualmente está foragido, supostamente escondido no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.

Josias, que também atende pelos apelidos de “Oclinhos” e “Pastor”, é apontado como integrante do Bando do Magrelo, facção criminosa nascida em Rio Claro (SP) que rivaliza com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele teria papel estratégico na venda e distribuição de armas de grosso calibre para grupos criminosos no Sudeste.

A investigação conduzida pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira revela que o ex-pastor não apenas atua no tráfico de armas, mas também ordena execuções. Áudios interceptados mostram que ele selecionava alvos para assassinato, que eram executados por matadores de aluguel a serviço do crime organizado. Entre os nomes envolvidos, está o de um policial militar que operava como braço armado da facção no interior paulista.

Em 2018, Josias chegou a ser preso após ser flagrado com um carregamento de sete fuzis, revólveres, pistola e mais de 500 munições, escondidos em um fundo falso de seu carro. A abordagem ocorreu na Rodovia Presidente Dutra, quando ele tentou fugir de uma blitz. Condenado por porte ilegal de armas de uso restrito, cumpriu pena até 2023. Em liberdade, voltou a atuar com mais força na estrutura criminosa.

Além do tráfico de armamento, Josias também fornecia carros clonados usados em execuções e mantinha conexões com agentes de segurança pública corruptos, que facilitavam a circulação dos veículos e ocultavam dados de emplacamento no sistema.

A DIG identificou nas conversas interceptadas que Josias era tratado com reverência pelos comparsas e, ironicamente, era chamado de “o que abençoa", uma alusão ao seu passado como líder religioso. Ele permanece foragido e é considerado peça-chave na aliança entre facções criminosas de São Paulo e do Rio de Janeiro. 

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