A Polícia Federal, em uma ação explosiva e cirúrgica, deflagrou nesta quarta-feira (5) a Operação Firenze, que escancarou um verdadeiro esquema bilionário de corrupção, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro envolvendo prefeituras e até o governo do Estado de Pernambuco.

Com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), a PF cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em três municípios, Jaboatão dos Guararapes, Timbaúba e até na capital paulista, desmantelando uma poderosa organização criminosa especializada em sugar recursos públicos por meio de contratos fraudulentos de terceirização de mão de obra.

Segundo os investigadores, só entre 2021 e 2024, o esquema movimentou mais de R$ 800 MILHÕES em contratos suspeitos com prefeituras e órgãos estaduais. A engrenagem era bem lubrificada: empresas de fachada ganhavam licitações montadas para parecer legítimas, derrubando a concorrência e garantindo pagamentos milionários. Tudo isso, claro, às custas do povo.

Os crimes investigados são organização criminosa, lavagem de dinheiro e fraude à licitação e as penas podem ultrapassar 30 anos de cadeia!

E NA PARAÍBA? O RASTRO DA CORRUPÇÃO É O MESMO…

Embora a operação tenha ocorrido em Pernambuco, os olhos da PF, da CGU e dos órgãos de controle estão voltados também para o estado da Paraíba, onde vários municípios já figuram em investigações preliminares e denúncias formais por esquemas parecidos.

Há meses o Espião do Sertão vem denunciando:

Contratações milionárias sem licitação ou com forte indício de direcionamento, especialmente para eventos, limpeza urbana, empresas de fachada, construções superfaturadas e terceirização de serviços;

Empresas ligadas a assessores políticos, parentes de prefeitos ou laranjas operando em várias prefeituras;

Licitações relâmpago com cláusulas que eliminam concorrentes;

Acordos suspeitos firmados por entes municipais com empresas que atuam em vários estados e sempre vencem as disputas.

Especialistas ouvidos por nossa reportagem afirmam: a estrutura criminosa revelada pela Operação Firenze não é um caso isolado. Ela é o modelo replicado por gestores inescrupulosos em todo o Nordeste.

Em outras palavras: o que explodiu hoje em Pernambuco pode ser apenas o ensaio para uma megaoperação na Paraíba.

E quando isso acontecer, os elementos já estão sobre a mesa e muito figurão vai cair.

A pergunta que fica é:
QUEM SERÁ O PRÓXIMO A TER A PORTA ARROMBADA PELA PF?

Espião do Sertão seguirá de olho, mostrando o que muitos querem esconder.