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Outra cassação! Enquanto Justiça Eleitoral age em outros estados, Paraíba segue sem punir prefeitos por abuso de poder econômico

Nesta quinta-feira (10), o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) cassou o mandato do prefeito de Cametá, Vitor Cassiano (MDB)

Por: Janemarcio da Silva
11/04/2025 às 22h31
Outra cassação! Enquanto Justiça Eleitoral age em outros estados, Paraíba segue sem punir prefeitos por abuso de poder econômico

 

Enquanto tribunais eleitorais de diversos estados têm dado exemplos firmes de combate ao abuso de poder político e econômico, a Paraíba permanece em silêncio diante de casos semelhantes que se acumulam em prefeituras do interior.

Nesta quinta-feira (10), o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) cassou o mandato do prefeito de Cametá, Vitor Cassiano (MDB), por realizar mais de 3.300 contratações irregulares durante o período eleitoral. A corte entendeu que houve uso da máquina pública para influenciar o resultado das eleições, prática que configura abuso de poder político e econômico. Com a decisão, o prefeito foi afastado do cargo e declarado inelegível por oito anos. A cidade passará por novas eleições.

Decisões semelhantes têm sido registradas no Maranhão, Ceará, Goiás, Alagoas e Pernambuco, onde prefeitos foram cassados por distribuírem benesses em ano eleitoral, realizarem contratações em massa, ou usarem estruturas públicas para promoção pessoal.

Na contramão desse cenário, a Paraíba segue sem nenhuma condenação de prefeitos por abuso de poder econômico nos últimos anos. Casos que envolvem contratações suspeitas, distribuição de benefícios em ano eleitoral e uso indevido da máquina pública seguem sem punição efetiva — muitos sequer são investigados com o rigor necessário.

A morosidade ou até mesmo a omissão do sistema de Justiça Eleitoral paraibano levanta questionamentos. Por que a lei é aplicada com rigor em outros estados e ignorada aqui? Por que prefeitos paraibanos parecem agir com a certeza da impunidade, ano após ano, sem temer a cassação de seus mandatos?

É papel da Justiça garantir a igualdade na disputa eleitoral e preservar a democracia. Quando isso falha, o resultado é um ciclo vicioso de poder, clientelismo e corrupção. O cidadão, que deveria ser o beneficiado por políticas públicas legítimas, torna-se apenas moeda de troca nas mãos de quem manipula a estrutura do Estado para se manter no poder.

Enquanto o Brasil caminha, ainda que com dificuldades, para coibir abusos eleitorais, a Paraíba parece andar na contramão da justiça. Até quando?

????️‍♂️ Reportagem do portal Espião do Sertão

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Joset de o gouveiaHá 2 dias Soledade-PBEssas contratações em época de eleição foi uma estratergica usada por políticos desonestos que burlam as leis. Esses atos cometidos em alguns municípios de só desestimulam os cidadoes a não acreditar na justiça onde vale para uns e outros gerando impunidade e continuidade da corrupção no Brasil......
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