Em um parecer contundente, o Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação do mandato e a declaração de inelegibilidade do prefeito Sandoval Vieira Lins e do vice-prefeito Ramon Mendes Brasil, por práticas que, segundo o órgão, configuram grave abuso de poder político e econômico nas eleições de 2024.
A manifestação, assinada pelo promotor eleitoral Ailton Nunes Melo Filho e protocolada no último dia 17 de março, ocorre no âmbito da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pelo vereador Ricardo Luiz Cavalcanti do Nascimento.
De acordo com o Ministério Público, as condutas dos investigados comprometeram diretamente a legitimidade do processo eleitoral, violando a legislação que rege a lisura das eleições no Brasil.
O que diz o Ministério Público
O parecer do MPE é categórico ao afirmar que houve uso indevido da máquina pública para fins eleitorais. Segundo os autos da investigação, os investigados:
“Os documentos acostados aos autos demonstram indicativos de desequilíbrio na disputa eleitoral”, destaca o promotor em sua manifestação.
Pedido de sanções duras
Diante da gravidade das irregularidades apontadas, o Ministério Público Eleitoral requereu ao juízo da 40ª Zona Eleitoral de São José de Piranhas a aplicação de sanções severas aos investigados, incluindo:
Além disso, o órgão pediu a notificação das partes para apresentação de alegações finais e posterior julgamento da causa.
Risco real de cassação
O parecer do Ministério Público é um dos mais fortes já registrados contra a atual gestão de São José de Piranhas e pode culminar na cassação da chapa eleita em 2024. Caso o juiz eleitoral acolha o pedido, Sandoval e Ramon poderão ficar fora do cenário político até 2032.
A equipe do Espião do Sertão faculta o direito de resposta a assessoria da Prefeitura de São José de Piranhas, se for do interesse da parte.