Em uma decisão que choca moradores e opositores, a Justiça Eleitoral de Pombal reconheceu que o ex-prefeito Abmael de Sousa Lacerda promoveu algumas contratações irregulares no período proibido antes das eleições, mas se negou a cassar o diploma do candidato vencedor, Claudenildo Alencar Nóbrega, e de seu vice, Silvânio Araújo do Ó.
Segundo a sentença, as contratações temporárias que chegaram a quase 40% do quadro de servidores municipais tinham nítido viés eleitoral, mas foram consideradas de “baixo impacto” para mudar o resultado das urnas. Mesmo assim, três penas de multa foram aplicadas:
“Foi um verdadeiro desvirtuamento da lei eleitoral. Contrataram sem qualquer urgência, ignoraram o período de vedação e transformaram a máquina pública num balcão de vantagens”, diz o relatório do juiz Osmar Xavier.
Pontos quentes do processo
Repercussão imediata
A oposição promete recorrer ao TRE-PB e ao TSE. “Essa decisão ignora o clamor da sociedade por transparência. Vamos buscar a cassação”, afirmou o advogado dos derrotados, Alberto Bandeira Segundo. Já os aliados do prefeito eleito comemoram: “Foi uma vitória da verdade e da vontade popular”, declarou o vice Silvânio.
Enquanto isso, o eleitor de Pombal fica com a sensação de impunidade: contratações fantasmas, abuso de estrutura pública e nenhum mandato cassado. É o preço da real politica sertaneja.
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