Informações que circulavam de forma oficiosa dias atrás foram confirmadas nesta quinta-feira, 27. O radialista Silvano Dias, um dos âncoras do programa Boca Quente Parte II, foi proibido de participar do programa que apresenta nesta quinta-feira (27) quando da entrevista com o ex-deputado estadual Jeová Vieira Campos (PT). A informação foi confirmada pelo próprio Silvano, lamentando a situação e acrescentando que a decisão da direção se deu a pedido de Jeová. Em seu lugar, foi escalado o radialista Elias Jr. que apresenta, no mesmo horário, o noticioso Sempre Alerta na Patamuté FM.
Pelas informações. Silvano foi orientado a ficar em casa, e a entrevista será comandada apenas pelo radialista Adjamilton Pereira, que é aliado de Jeová, e pré-candidato a vice de Chico Mendes, ou, em caso de impedimento de Chico, como apontou o TSE, recentemente, pode ser o cabeça de chapa.
A determinação da direção da emissora, que é ABSURDA, pesa contra a liberdade do trabalho do profissional de imprensa e escancara uma realidade triste na história da categoria, o domínio da política nos meios de comunicação.
Recentemente, o radialista Eutim Rodrigues, que era diretor de programação da emissora, pediu demissão dos cargos que exercia há 12 anos (locutor, produtor e diretor), por ser suspenso por 15 dias, diante uma discussão provocada pelo deputado estadual Chico Mendes, que foi até os estúdios acompanhado de dezenas de aliados, exigir, na oportunidade, a realização de um debate carnavalesco que não estava programado.
A forma como os profissionais do rádio vem sendo tratados em detrimento a política, traduz a submissão dos meios de comunicação que se tornam a cada dia mais politizados, e no caso da rádio Difusora, maculando a imagem que a emissora carrega a 60 anos de ser “A Escola do Rádio da Paraíba”, que como bem disse o jornalista Fernando Caldeira em sua coluna semanal Caldeirão Política "precisa voltar ao banco escolar".
Procurado, Silvano disse não entender o porquê da decisão, e que apenas estaria preparado para fazer as perguntas que achasse necessárias à Jeová Campos, dentre elas, se o ex-deputado manteria a palavra, e renunciaria ao cargo de procurador da AL-PB, como prometeu, caso a professora Corrinha Delfino apresentasse o seu diploma reconhecido pela CAPES e revalidado pelo MEC, o que aconteceu na semana passada.
Que a ACI e API possam se manifestar sobre mais essa bizarrisse, no rádio cajazeirense.