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Ex-prefeito de cidade do Vale do Rio do Peixe é investigado por desvio de dinheiro público para quitar dívida pessoal em supermercado

Dinheiro público usado como moeda de troca pessoal

Por: Janemarcio da Silva
14/04/2025 às 18h39 Atualizada em 14/04/2025 às 18h57
Ex-prefeito de cidade do Vale do Rio do Peixe é investigado por desvio de dinheiro público para quitar dívida pessoal em supermercado

 

Um escândalo de proporções alarmantes começa a vir à tona no Sertão paraibano. O Ministério Público do Estado da Paraíba instaurou um Inquérito Civil Público para investigar um suposto ato de desvio de recursos públicos cometido pelo ex-prefeito de Uiraúna, José Nilson Santiago Segundo, durante o exercício do seu mandato.

De acordo com a Portaria nº 26/4ª PJ-Sousa/2025, assinada pela promotora Flávia Cesarino de Sousa Benigno, o ex-gestor é acusado de exigir que parte de um pagamento público feito a um servidor fosse desviado para quitar uma dívida pessoal contraída por ele no comércio local.

A denúncia, que está registrada no procedimento nº 046.2025.000966, aponta que R$ 1.000,00 dos R$ 5.700,00 pagos a José Feitosa da Silva – também investigado – teriam sido repassados, a mando do então prefeito, para abater uma dívida no Supermercado Nonatão, em nome do próprio José Nilson. O valor teria sido entregue à comerciante Marleny Alves Ferreira, proprietária do estabelecimento, conforme consta nos depoimentos colhidos pelo MP.

Além disso, o órgão ministerial apura o recebimento irregular do valor total por parte de José Feitosa, que poderá ter que ressarcir integralmente os cofres públicos.

Dinheiro público usado como moeda de troca pessoal?

O caso levanta sérias preocupações quanto à moralidade administrativa e à lisura da gestão pública no município de Uiraúna. Utilizar dinheiro público para quitar dívidas pessoais constitui, segundo o MP, um possível ato de enriquecimento ilícito e uma afronta direta aos princípios constitucionais que regem a administração pública, como legalidade, impessoalidade e moralidade.

A promotoria já marcou audiência virtual com a comerciante Marleny Ferreira para o próximo dia 11 de junho, quando ela prestará depoimento oficial sobre os fatos.

O que diz o Ministério Público?

Na portaria de instauração do inquérito, a promotora Flávia Cezarino de Sousa Benígno ressalta que “fraudar ou frustrar procedimento licitatório, assim como desviar recursos públicos em benefício próprio, configura grave violação à Lei de Improbidade Administrativa e pode gerar sanções severas, como perda de direitos políticos, ressarcimento ao erário e proibição de contratar com o poder público”.

O Ministério Público segue colhendo provas e não descarta o ajuizamento de Ação Civil Pública ou outras medidas judiciais cabíveis.

E o ex-prefeito, o que diz?

Até o fechamento desta matéria, o Espião do Sertão não conseguiu contato com José Nilson Santiago Segundo nem com seus representantes legais. O espaço permanece aberto para manifestações.

 

Espião do Sertão seguirá acompanhando cada desdobramento deste caso que ameaça manchar ainda mais a imagem da política sertaneja com as marcas da corrupção.

 

Veja abaixo a Portaria de instauração do Inquérito publicada pelo MPPB.

https://espiaodosertao.com.br/envios/2025/04/14/6dbc9c1e201295c7fdb184b2bbe0e453fa4bbf26.pdf

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